quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Nüremberg ... do berço ao sepulcro !

Esta viagem foi especial, Nüremberg, com seu centro histórico cercado por muros medievais de pedra, que se extendem  por 4km, e protegem uma cidade toda preservada, limpa e organizada, impressiona, ainda mais quando depois de andar um pouquinho, você consegue ver o morro central da cidade com este belo castelo encravado no topo !

A cidade é ornada com as características torres arrendodadas protegendo os muros na parte baixa, vide foto ao lado, igrejas góticas germânicas, e demais construções da época como vemos nas fotos abaixo.

A região de Nüremberg tem hoje mais de 1 milhão de habitantes, mas mantém o ar das cidadelas medievais do interiorzão da Alemanhã.


Em relação a guerra, a cidade ficou famosa por ter sido eleita por diversas vezes, entre 1933 a 1938, como sede das convenções e rallys do partido NASP, muito da estrutura construída para as celebrações do partido, não existe mais, um bairro foi edificado sobre boa parte do espaço aberto que vimos nos filmes, e parte do que sobrou, está dentro de um parque com skatistas andando sobre o que foram as estruturas que aparecem nos raids do pré-guerra.

Severamente bombardeada, foi restaurada não reconstruída, com outra vantagem para as pernas do mochileiro que por alí se aventurar, nosso passeio sobre a segunda guerra se resume em um único endereço !

É uma cidade que pode ser visitada em day-trip, caso seu interesse seja apenas os sites da IIWW.

Para chegar, naturalmente o centro da Bavária é Munique, portanto trens TGV saindo de Munique para Nüremberg são constantes, e muito fáceis, eles partem da ala lateral (doméstica) da HauptBahnhoff de Munique, existem tickets em horários alternativos promocionais por aprx. €20.

São aprox. 1h e meia a 300 por hora, estas linhas são as melhores da alemanha na minha opinião, IC, ICE, com TGV´s em cima são coisas que só vemos por aquelas bandas.

Chegando a Bahnhoff que fica ao sul do centro histórico, temos S-Bahns, U-Bahns (6 linhas de metrô), e ônibus para todos os destinos.



A atração imperdível para os amantes da segunda guerra, é o "Fascization und Gewalt: Dokuzentrum Reichsparteitagsgelände", (foto acima) museu multi-midia, que mostra absolutamente tudo sobre o regime, desde o início do embrião, até o fim.



O lugar é incrível, todo hytech, modernoso, limpo e muito organizado, estão preservados o Kongresshalle (prédio em forma de u ao lado),  a Große Straße e parte da estrutura dos rallys (Campo Zeppelin).
O campo foi destruído, era usado para receber com toda a infra de uma cidade, as ordas de nazis que marchavam de toda a Alemanha, como fiéis, para assistir os comícios, na foto ao lado vemos a parte externa do Hall de congressos.

As plantas do que seriam as cidades alemãs pós vitória é incrivel, e mostra a megalomania dos lideres do NASP.

No local instalou-se o tribunal de Nüremberg, mas a sala de julgamentos é fechada, que m....

Vc tem que pegar o guia audio-visual senão vai se perder tamanha a quantidade de coisas pra ver.

Para chegar lá você usa ônibus, linhas 65 e 55, ou o tram 9 sentido Luitpolham, vc pega o tram na frente da estação de trem, e a parada para o tram e os busões é na cara do gol é chama-se Dokumentationszentrum.

Eu fui de tram saindo de frente da estação central, e na volta passei pelo centro, comi um bratwürst, que de Nüremberg tem um sabor especial, tomei umas duas birras de trigo da região, e voltei pra Munique de noite dormindo como um baby depois do por do sol espetacular no castelo da cidade, (foto abaixo).


Vale a pena ir para conhecer além do Tribunal e do Museu, o centro histórico, e aproveitar para entender melhor a vida dos bávaros, que hoje fizeram a lição de casa e tem uma das melhores qualidades de vida do planeta.

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Munique com Campo de Dachau









Inicialmente gostaria de deixar claro que a visita a Dachau deve ser vista com respeito, motivada com estrito interesse histórico, e extrema repugna a quem com isso corroborou, e sem nenhuma outra conotação.

Esta visita deve ser inserida dentro do seu roteiro normal de Munique, Capital da Bavaria, e uma das cidades mais interessantes e culturalmente facinantes que já conhecí, com uma história muito maior e do que aconteceu naqueles anos de excessão na historia da Alemanha.

Munique é mais relacionada a fase de formação e assenção do nazismo ao poder.

Hofbrauhäus
Königsplatz






Na Odeonsplatz, uma bandeira do partido foi asteada, sugerindo que todos os transeuntes saldassem a bandeira à moda nazista, como aparecem nos filmes da década de 30, o fato curioso é que existe uma vielinha atrás da praça, que era usada como rota de fuga da saudação e discretamente tbem indicava a posição politica da pessoa, no melhor estilo discreto do Alemão, o caminho foi sinalizado com paralelepipedos dourados, como memória.
O prédio sede da Gestapo está na esquina da Brienner Strasse com a Turken Strasse, e não tive vontade de fotografar o prédio, não sei como não demoliram todos estes prédios após a guerra.
 
 
De Munique vc vai ao campo de Dachau de SBahn, facilmente, é uma cidade ao lado de Munique.

Sai de Munique de metrô linha S2 até Dachau, agarrei o busão 726 que sai da estação e dá na entrada do campo.

A grande mentira do século XX !
Triste, covarde e revoltante, ir a Dachau não foi uma boa experiência, mas "deve" ser visitado se vc quiser entender a dimensão real do mal que existia dentro das pessoas que criaram tudo isso, vai muito além do que lhe trazem os livros e os documentários, em Dachau mataram inicialmente "Alemães comuns",  comunistas, gays, aleijados e deficientes de todo gênero, cujo unico mal eram ser contrárias ao nazismo ou fora dos esteriótipos deles, daqueles que mereciam viver !
A escultura 'Inferno', do artista Fritz Kölle,
vencedora como melhor representante do sofrimento dos internos de Dachau.
Pegue o guia audiovisual, o museu é gigante, é muita informação.



Vc sente o desconforto emocional desde o momento que vê, de frente, a entrada do campo, e o que sobrou da estação de trem, por onde desembarcavam os presos, esta tudo muito bem preservado, com os crematórios, salas de banho e algumas barracas reconstruidas, mostrando as diferentes fases do campo, é revoltante.

Originalmente um campo politico, passou a campo de trabalho forçado e experiências médicas, foi libertado pelos aliados, Eisenhower pessoalmente determinou que tudo fosse documentado, pois já imaginava que no futuro iriamos precisar lembrar alguns idiotas disso tudo, bem como determinou que a população local trabalhasse na remoção dos corpos.

Esta grade era eletrocutada, e o trabalho de arte que simboliza o campo retrata as pessoas, inumeras, que desesperadas se jogavam contra o fosso e a grade em suicidio desesperado, conforme tema da escultura 'Inferno', do artista Fritz Kölle, já mencionada.



Passando as linhas de barracas e os memoriais religiosos, existe um crematório pequeno antigo, e um maior mais novo, (foto) já antecedido com as salas de banho.









O bosque lateral, ao mesmo tempo, lindo e sombrio, preserva inclusive as árvores que serviam para enforcamentos, e execuções.





Impressionante, revoltante, te faz pensar ...

Berlin com Sachsenhausen.

Complementando o post original de Berlin, segue de presente a sugestão que eu ganhei de uma "mochileira", que tbem curte conhecer de tudo um pouco, e não se contenta mais com os guias normais de backpacking  ...  uma visita a Sachsenhausen, campo de concentração politico e de extermínio, que funcionou perto da cidade.

Saindo de Berlin usando o S-Bahn, metrozão de superfície urbano, até a cidade de Oranienburg, que não é a estação de metro de berlim, é outra cidade, no cinturão de Berlin (Brandenburg), e leva pelo menos meia hora até lá, são aprx 30km do centro de Berlin.

Da estação da cidade de Oranienburg, você pega o ônibus 804, e desce na parada (haltstelle) Gedenkstätte.


A primeira foto é da entrada da camera de gás, a segunda das famosas paredes de arame eletrocutado, e a segunda relata a famosa marcha forçada que a SS obrigou aos detentos realizarem no fim da guerra, como forma de evitar que o campo deixasse provas ... que ódio.




Como sempre, visitar os campos, não é uma trip que vc faz feliz, é diferente de se visitar um campo de batalha, é pura covardia, é revoltante, mas eu acredito que todo mundo deve pelo menos uma vez na vida entrar nisso, e sentir ainda que somente a energia, o que aconteceu, para nunca mais deixarmos que essa história seja esquecida, como exemplo para as gerações futuras do que foi esse conflito e que o holocausto existiu, sim, é inegável !

Boa trip,

postando com apoio da irmã e mochileira Cinthia, que nos presenteia com essa dica !