terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Munique com Campo de Dachau









Inicialmente gostaria de deixar claro que a visita a Dachau deve ser vista com respeito, motivada com estrito interesse histórico, e extrema repugna a quem com isso corroborou, e sem nenhuma outra conotação.

Esta visita deve ser inserida dentro do seu roteiro normal de Munique, Capital da Bavaria, e uma das cidades mais interessantes e culturalmente facinantes que já conhecí, com uma história muito maior e do que aconteceu naqueles anos de excessão na historia da Alemanha.

Munique é mais relacionada a fase de formação e assenção do nazismo ao poder.

Hofbrauhäus
Königsplatz






Na Odeonsplatz, uma bandeira do partido foi asteada, sugerindo que todos os transeuntes saldassem a bandeira à moda nazista, como aparecem nos filmes da década de 30, o fato curioso é que existe uma vielinha atrás da praça, que era usada como rota de fuga da saudação e discretamente tbem indicava a posição politica da pessoa, no melhor estilo discreto do Alemão, o caminho foi sinalizado com paralelepipedos dourados, como memória.
O prédio sede da Gestapo está na esquina da Brienner Strasse com a Turken Strasse, e não tive vontade de fotografar o prédio, não sei como não demoliram todos estes prédios após a guerra.
 
 
De Munique vc vai ao campo de Dachau de SBahn, facilmente, é uma cidade ao lado de Munique.

Sai de Munique de metrô linha S2 até Dachau, agarrei o busão 726 que sai da estação e dá na entrada do campo.

A grande mentira do século XX !
Triste, covarde e revoltante, ir a Dachau não foi uma boa experiência, mas "deve" ser visitado se vc quiser entender a dimensão real do mal que existia dentro das pessoas que criaram tudo isso, vai muito além do que lhe trazem os livros e os documentários, em Dachau mataram inicialmente "Alemães comuns",  comunistas, gays, aleijados e deficientes de todo gênero, cujo unico mal eram ser contrárias ao nazismo ou fora dos esteriótipos deles, daqueles que mereciam viver !
A escultura 'Inferno', do artista Fritz Kölle,
vencedora como melhor representante do sofrimento dos internos de Dachau.
Pegue o guia audiovisual, o museu é gigante, é muita informação.



Vc sente o desconforto emocional desde o momento que vê, de frente, a entrada do campo, e o que sobrou da estação de trem, por onde desembarcavam os presos, esta tudo muito bem preservado, com os crematórios, salas de banho e algumas barracas reconstruidas, mostrando as diferentes fases do campo, é revoltante.

Originalmente um campo politico, passou a campo de trabalho forçado e experiências médicas, foi libertado pelos aliados, Eisenhower pessoalmente determinou que tudo fosse documentado, pois já imaginava que no futuro iriamos precisar lembrar alguns idiotas disso tudo, bem como determinou que a população local trabalhasse na remoção dos corpos.

Esta grade era eletrocutada, e o trabalho de arte que simboliza o campo retrata as pessoas, inumeras, que desesperadas se jogavam contra o fosso e a grade em suicidio desesperado, conforme tema da escultura 'Inferno', do artista Fritz Kölle, já mencionada.



Passando as linhas de barracas e os memoriais religiosos, existe um crematório pequeno antigo, e um maior mais novo, (foto) já antecedido com as salas de banho.









O bosque lateral, ao mesmo tempo, lindo e sombrio, preserva inclusive as árvores que serviam para enforcamentos, e execuções.





Impressionante, revoltante, te faz pensar ...

Berlin com Sachsenhausen.

Complementando o post original de Berlin, segue de presente a sugestão que eu ganhei de uma "mochileira", que tbem curte conhecer de tudo um pouco, e não se contenta mais com os guias normais de backpacking  ...  uma visita a Sachsenhausen, campo de concentração politico e de extermínio, que funcionou perto da cidade.

Saindo de Berlin usando o S-Bahn, metrozão de superfície urbano, até a cidade de Oranienburg, que não é a estação de metro de berlim, é outra cidade, no cinturão de Berlin (Brandenburg), e leva pelo menos meia hora até lá, são aprx 30km do centro de Berlin.

Da estação da cidade de Oranienburg, você pega o ônibus 804, e desce na parada (haltstelle) Gedenkstätte.


A primeira foto é da entrada da camera de gás, a segunda das famosas paredes de arame eletrocutado, e a segunda relata a famosa marcha forçada que a SS obrigou aos detentos realizarem no fim da guerra, como forma de evitar que o campo deixasse provas ... que ódio.




Como sempre, visitar os campos, não é uma trip que vc faz feliz, é diferente de se visitar um campo de batalha, é pura covardia, é revoltante, mas eu acredito que todo mundo deve pelo menos uma vez na vida entrar nisso, e sentir ainda que somente a energia, o que aconteceu, para nunca mais deixarmos que essa história seja esquecida, como exemplo para as gerações futuras do que foi esse conflito e que o holocausto existiu, sim, é inegável !

Boa trip,

postando com apoio da irmã e mochileira Cinthia, que nos presenteia com essa dica !