quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Visita ao Museu Histórico Militar de Sevilha !


Descobri este museu completamente por acaso e ainda melhor, é de graça !

Se vc tem curiosidade sobre as guerras do imperio espanhol e gosta de armas, este museu vale muito uma visita, muito fácil de chegar, covardemente localizado dentro do prédio central da Plaza de España, o tour pode ser feito numa manhã.

A Espanha foi a nação mais poderosa do mundo, durante a época do renascimento, até o século XVI, com a derrota da Armada do Imperador Felipe, perante Elisabeth I, a última representante da dinastia dos Tudor, que gerou um turnover na economia espanhola do qual jamais se recuperariam em igual grandeza.

A glória e esplendor do Império espanhol, encontram-se preservados por todo o país, não sido envolvida territorialmente na segunda guerra, e tendo sido pontualmente bombardeada durante a Guerra Civil, a Espanha, como um todo, preserva a sua história de maneira exemplar.

A Espanha possui ainda uma história militar pregressa a era do descobrimento, que merece igual notoriedade, seu terrítório, é um asseveradametne multi-cultural, tendo sido palco das Cruzadas dentro da Europa, seu territorio foi dominado pelos mouros do norte da África, seguidores do Islã por séculos, os califados espanhois chegaram a ser os mais poderosos de todo o Islã.

A influência moura na cultura espanhola, pode ser vista claramente na região da Andalucia, em cidades como Sevilha, Cadiz, Algecira e Granada, monumentos a ceu aberto destes tempos áureos.


Logo no centro do hall de entrada do museu, você vai encontrar a maquete da foto explicando passo a passo, (com recursos multimidia), a maior batalha das cruzadas na Espanha, que foi a tomada de Sevilha, batalha de estratégia dificil, e ampla coordenaçao de forças diferentes, sendo talvez a mais complicada das batalhas travada nas cruzadas contra os mouros, é linda, toda animada, relata a batalha em detalhes que chegam a unidade de infantaria, e mostra uma coisa que passou desapercebido na história, a grande participação dos reis portugueses na decisão da batalha, bem como da sua enorme ligacao com os reis espanhois.

No atrio existem maquetes de todas as fortifcações espanholas nas colonias americanas, mostrando a diferença com o que foi feito no Brasil, e daí agradecemos a Deus por ninguém ter prestado atenção na gente, pois teriamos sido invadidos e tomados por qualquer um, nossas raras defesas contemporaneâs aos fortes que guarneciam a america espanhola, foram construidas basicamente com pedras, usando gordura de baleia, com areia, como liga no lugar de cimento.

 

Estes fortes foram construidos na regiao do caribe, Cuba, Honduras, Venezuela, Colombia e muitos outros paises, bem como por todo o pacifico espanhol até bem para dentro do México e chegando ao norte, até a regiao que hoje fica a California, construídos com ânimo de ocupação definitiva, com pedras e concreto, desenhados com estas muralhas em forma de cunha, que servia para desviar os projeteis utilizados nas caravelas de madeira, da época que foram construídos, este desenho perdurou até a invensao da muniçao moderna propulsionada e explosiva.

Muitos destes fortes e castelos passaram por muitos cercos e batalhas, e perduram inteiros até hoje !
No andar inferior existe um numero enorme de cristaleiras com miniaturas de tudo o que vc pode imaginar na area militar, artilharia, cavalaria e muita infantaria espanhola e de outros locais.


Seguindo encontramos uma serie impressionante de stands com armas leves de todas as epocas do mundo, desde as armaduras medievais, espadas, canhões primitivos e todas as armas leves que eu tenho conhecimento estavam lá, essa quantidade de armas leves, não ví nem quando visitei West Point nos EUA, confira  as fotos abaixo ...


Por possuir tanto material sobre a segunda guerra mundial, achei que valia postar.

Museo Militar Region Sur

Plaza España S/N
Puerta de Aragón
41013 Sevilla, Espanha

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Operação Market Garden - Day trip de Amsterdam - Parte II - Nijmegen



Saindo de Arheim, vc chega em Nijmegen de duas maneiras, trem e ônibus, certamente de trem é mais fácil, mas como vc vai terminar seu passeio ao lado da ponte, vc pode ficar tentado a não ter que andar até a estacao de trem, e querer ir de ônibus direto, caso seja esta a sua opcao, preste atenção pois algumas linhas ficam rodando pelos bairros e uma viagem de 10km pode levar uma hora.

Se informe previamente das linhas de onibus que vão direto, ou então abra a mão e pegue um taxi !

Para entrar em Nijmegen vindo de Arheim, vc vai passar pela ponte que cruza o rio Waal, que foi exatamente o objetivo dos aliados na IIWW.

Nijmegen tem 2000 anos, e vale a visita só por isso, esta igreja foi amplamente utilizada na guerra, e tem mais de mil anos, ficando na colina que dá o acesso a margem sul da ponte, e incrivel estar de pé, pois a cidade foi severamente bombardeada por aliados e alemães.

Na mesma praça ao alto da colina desta igreja, passa a "liberation route" que comentamos na materia de Arnheim.


Nijmegen foi a primeira cidade Holandesa a sucumbir a blitzkrieg na Operação Gelb (10 de maio de 1940).

Foi libertada pelos aliados numa quarta-feira, 20 de Setembro de 1944, quando o Major Julian Cook, atravessou o rio Waal em 26 barcos de lona, sob fogo de metralhadora, e artilharia alemã.

A ponte foi fortemente defendida por mais de 300 soldados alemães ao Norte e ao Sul, os quais possuiam cerca de 20 armas anti-tanque e dois canhões anti-aéreos, apoiados pela artilharia pesada alemã dos corpos de exército que defendiam o front do Reno.



A artilharia alemã foi silenciada e ambas pontes, ferroviária e de rodagem, foram atacadas pelos dois flancos.



Às 14h15, os canhões da 376th Parachute Field Artillery Battalion e do 153rd Field Regiment Royal Artillery abriram fogo contra a margem norte.

Às 15:00h as tropas do Major Julian Cook, 3rd Battalion (504th Parachute Infantry Regiment, 82nd Airborne Division), cruzaram o rio Waal pela primeira vez, partindo da margem sul (lado esquerdo da fotografia), no ataque inicial, com a forte corrente, e fogo inimigo, os barcos acabaram à esquerda do objetivo.

Os alemães fizeram repetidos ataques à ponte, utilizando diversos tipos de armas de artilharia, incluindo salvos de barragem com as famosas 88mm. As tropas de defesa foram posicionadas na ponte que dá um excelente arco de fogo em caso de ataque.
Os alemães em uma tentativa final para explodir a ponte rodoviária foram frustrados por um herói da resistência local holandês, Jan van Hoof que cortou os fios dos detonadores das cargas locadas sob a ponte.


No final da tarde, as pontes caíram nas mãos dos Aliados. As perdas entre os paraquedistas foram altas, mas graças a eles, Nijmegen foi finalmente liberada !



A captura da ponte, permitiu o XXX Corpo do Exército Britânico alcançar as tropas aerotransportadas britânicas cercadas  em Arnhem, bem como seria usada mais tarde como um trampolim para a Operação Veritable, a invasão através do rio Reno por tropas aliadas.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Operação Market Garden - Day trip de Amsterdam - Parte I - Arnhem !





Operation Market Garden.
Primeira derrota dos aliados depois do Dia D.

Saimos de Amsterdam no trem das 7:04h da manhã, destino a Arheim, são menos de 30 minutos, e o bilhete pode ser comprado direto pra Eidhoven, e vc pode ir parando no caminho, eu optei por parar em Arnheim obviamente, Nijmegen e terminar o dia em Eidhoven.

Arnheim é uma cidade mediana para os padrões holandeses, não é a mais bonita da região, mas foi palco de uma batalhas incrível, certamente uma das mais célebres batalhas da segunda guerra, a primeira derrota aliada, e a última vitória significativa da alemanhã.

O desembarque aereotransportado foi disparado durante o dia, com sucesso inicialmente, mediante a captura das pontes que ligavam Antuérpia, Eidhoven e Nijmegen, no caminho, do que parecia ser a ponta de lança, que iria seivar o exército Alemão, pela margem ocidental do reno, subindo até o mar do norte, permitindo total acesso ao vale industrializado do reno, ou seja coração da máquina de guerra de Hitler.

A história contada na maioria dos livros, menciona que os alemães foram pegos de surpresa, contudo, considerando que os defensores da Holanda eram soldados experientes, alguns historiadores, entendem que na verdade os Alemães estavam desfalcados de material, o controle dos céus havia sido perdido no front do ocidente há tempos, permitindo um desembarque nessas proporções.

Fundamenta-se tal afirmação quando se imagina a situação globalmente, por força do esforço terrestre no norte da África e principalmente pela pressão insuportável do fronte do leste, em setembro de 1944, os Russos marchavam a largos passos para Berlin.

Estrategicamente, esta batalha demonstrou os limites de uma ponta de lança aerotransportada, a qual, sem uma rápida intervensão da infantaria, cavalaria e da artilharia regular, mostra-se altamente perigosa, assim observamos a utilização de estratégia totalmente diferente de utilização das forças aerotransportadas nas guerras que se seguiram.

Outro ponto interessante é que com a Operação Mkt Garden, consolida-se o que o mundo passa a conhecer como special forces, uma vez que nesta batalha para os aliados, o conceito passou de relativo a absoluto, a importância da especialização das tropas passa a ser característica dos exércitos.

Justiça seja feita, foram os alemães, ao criarem o conceito de Blitzkrieg, que criaram as primeiras cédulas realmente diferenciadas de tropas de elite, conceito esse que, como todos os outros conceitos militares herdados dos Kaisers, foi deturpado pelos nazistas com a criação das SS.

A primeira missão de operações aerotransportadas, realizada nos padrões modernos do termo, foi revelada ao mundo dentro do plano emergencial do Gen von Manstein, usado as pressas, por causa do acidente que revelou aos aliados o ridiculo plano amarelo de invasão dos paises baixos, uma cópia do plano da I guerra.

Servindo-se das moderníssimas técnicas de Blitzkrieg, desenvolvidas por Guderian e aprimoradas durante as últimas décadas, Von Mastein desenfreou o ataque, e simultaneamente, 4.500 pára-quedistas e 20.000 soldados aerotransportados desciam na Bélgica e na Holanda, para tomar alvos dentre estações e pontes de forma intacta, viabilizando a logística por onde penetrariam as forças do Exército até o oeste.

Neste desembarque, míseros 78 soldados sapadores, treinados especialmente para aquela batalha, comandados pelo Ltn Witzig, aterrissaram em planadores (qqre semelhança ??), junto à cúpula principal do poderoso forte Eben Emael, construção invencível para os padrões da I Guerra, ponto chave das defesas da fronteira belga.

Com a tomada da parte superior e dos principais acessos, ficaram isolados 1.200 soldados belgas, dentro do próprio forte. Reforçado com novos desembarques, Witzig manteve o controle dos belgas até a chegada, ao meio-dia, dos panzers do 6° Exército de von Reichenau, na minha opinião, este foi o primeiro ataque elaborado por forças especiais, no contexto moderno da expressão.


Voltando a baladinha, ao chegar em Arnheim, o centro de informação turística fica do outro lado da avenida que passa atraz da estação central, e la vc encontrará toda a informacao necessaria para fazer um tour, que deve começar em Osterbeck, procure pela praça do paraquedista (Airborne Memorial) fica de fronte para o Hotel Hartenstein que abrigou o Quartel General Inglês, durante a batalha,e hoje é sede do museu Airborne.

Do centro para a praça do paraquedista em Oosterbeck, vc deve pegar um busão, aproveite e se informe no centro de informação turistica.

Aproveito a deixa para dar uma dica, nunca deixe de entrar num centro de informação de turismo, pode parecer babaquisse, mas no minimo vc sai de la com um mapa por 20 centavos, e uma explicação razoável de como se locomover na cidade, muitos vendem os bilhetes de transporte, e o inglês, e muitas vezes o espanhol dos atendentes, é muito bom.
Depois de visitar o museu, para voltar caminhando até a ponte, basta seguir as placas informativas das fotos ao lado, que mostram a freedom trail, liberation route, e com o "guia gratuito do centro de turismo", vc consegue caminhar até a ponte metálica, celebrizada no filme "uma ponte longe demais", refazendo a batalha e os principais combates travados pelo Tenente John Frost.




O caminho é marcado e vc poderá ver toda a cena, pois a cidade não cresceu tanto ao ponto de vc nao conseguir visualizar o que aconteceu.

Esta foto da esquerda, mostra o visual da ponte que os ingleses tinham, pela via lateral que corre paralela ao rio reno, e que foi conquistada casa a casa, sendo que a cidade não foi evacuada, o combate foi travado contando com toda a problemática sofrida pela população civil.

Ao chegar na ponte vc encontrará uma praça em homenagem aos paraquedistas, em especial a John Frost,



Como podemos ver nas fotos ao lado e abaixo é uma praça simples, ao lado da mesma encontra-se um pequeno mas muito interessante museu, vc será muito bem atendido por um holandes que fala ingles perfeito, e podera assistir a um audiovisual que reconstitui a batalha, staff atencioso, bem legal, e de graça, museu mais intertativo e que indica todos os demais museus da região.

Chamado, Slag an Arnheim, fica bem do ladinho da praça e embaixo da ponte Jhon Frost.

Os ingleses pegaram uma pedreira, e os alemães resitiram bravamente a tomada da ponte.

Se vc não estiver em Amsterdam, outra opção é ir pelo começo do desembarque, desde Eidhoven, e voltar usando o mesmo intercity, que vai de amsterdam, depois pegar outro trem rapido direto para sua cidade de origem, podemos sair da Bélgica, Luxemburgo, Düsseldorf, Köln, Oberhausen, Rotterdam etc ...


Esta foi a heróica batalha na qual ingleses e poloneses lutaram lado a lado, em sucessivas tentativas de dominar a ponte que estava longe demais do alcance das tropas aliadas, batalha travada em setembro de 1944, executada pelo 1o Batalhão Aerotransportado Inglês, a celula embrionária do que viriam a ser os SAS, sendo as primeiras unidades especializadas, de foco pontual e treinamento especial, demonstrando uma tendência que se segue até os dias de hoje.


Os desembarques ocorreram na regiao que antecede a cidadade de Arheim, nos campos que cobrem a regiao utilizando os famosos paraglaiders, cuja foto de um modelo segue ao lado, tendo sido recebidos desde o inicio sob fogo pesado, seguido de um contra ataque feroz, bem coordenado, liderado pelo mais fino trato das reservas SS e panzer, os ingleses foram encurralados em Osterbeck, suburbio de Arheim, com tropas espalhadas em relativa extensao da regiao.

Massacrados pelos alemaes, receberam reforcos poloneses, com desemabarques realizados na outra margem do rio reno, e cruzamento com botes, poucos efetivos poloneses conseguiram finalizar a missao, e os ingleses foram obrigados a se retirar.



A ponte nunca foi capturada, e foi implodida meses apos o combate, a Holanda permaneceria mais oito meses sob tutela nazista.



Celebrizada em Holywood no filme uma ponte longe demais, Arheim mostrou aos aliados que uma simples cabeca de ponte nao resolveria, e que os alemaes nao cometeriam mais os mesmos erros da normandia, e que outro tipo de forca era necessaria para pisar em solo alemao, Oberhausen, pode respirar por mais 8 meses.

Na foto ao lado, na praça mencionada que fica ao lado da ponte, (minima para o tamanho do evento), um canhao que foi transportado pelas primeiras tropas, e uma bomba, encontrada na decada de 60, mostrando o ponto que os ingleses chegaram.


De Arheim vc pode pegar um busao do lado da ponte, para a proxima ponte que foi Nijmegen, nossa segunda etapa, essa foi tomada pelos americanos, e fica mais ao sul.





segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Estreito de Gilbraltar via costa do sol, local aonde a guerra toca na Espanha.

Gibraltar, The Rock !

Fomos para Gibraltar dentro de uma grande viagem cobrindo a Espanha feita em 2007.

Gibraltar é uma pedra, separada da terra por um aeroporto, pertence a Inglaterra desde que uma força anglo-neerlandesa sob comando de Sir George Rooke tomou Gibraltar em 1704.


Por ser um porto encravado na boca do mediterrâneo, sua importância estratégica era enorme, durante a segunda guerra mundial, foi alvo da mais famosa guerra de espionagem que se tem notícia, tendo sido objeto de um cem numero de atentados, e tentativas de sabotagens, bem com deixou clara a plena ajuda dos espanhois ao eixo, violando a pseudo neutralidade espanhola de Franco.

Gibraltar de noite em 1940 (Imperial War Museum)

The Rock, foi constantemente atacada pelos italianos, vindos da sardenha por mar e ar, bem como em operações especiais de sabotagem que afundaram dezenas de navios ingleses, nesta foto abaixo, vemos a propaganda dos italianos sobre os bombardeios de novembro de 1942.



Para defender a Rocha, os ingleses seguiram a tradição criada lá mesmo desde a sua tomada, e iniciaram gigantgescas escavações na pedra, criaram uma cidade dentro da rocha, com hospitais e toda a infra de uma cidade, milhões de toneladas de pedras foram implodidas para a construção desta estrutura que hoje é um interessante museu, veja a foto da entrada de um dos túneis, (não são permitidas fotos dentro do museu).



Gibraltar foi eternizada por Ian Fleming, a qual inspirou o criador de James Bond, a escrever Thunderball, que foi adaptado para o cinema como 007 Contra a Chantagem Atômica.


Gibraltar foi bombardeada pela força aérea da "França de Vichy" em 24 de setembro de 1940, nesta foto o detalhe das baterias anti-aéreas que guarnessem o lado de dentro do canal, os prédios ao fundo não existiam.

Gibraltar sob o ponto de vista de estudo dos equipamentos militares é muito interessante, pois desde o século XVI, abriga fortificações que mostram as diferentes técnicas de defesa e cerco desde a época do canhão sem recuo.




Nesta foto, vemos parte dos túneis escavados para fortificar The Rock no passado, e que constituem uma pequena parte do que foi construido por força da segunda guerra, conforme mencionado.



Mas nenhum dos temas ligados a guerra sobre Gibraltar é mais curioso do que os ataques italianos com mergulhadores, e homens torpedo.


"Documentos e fotografias divulgados pelo MI5, o serviço de inteligência britânico, revelam detalhes da guerra secreta para defender Gibraltar durante a Segunda Guerra Mundial.

Os italianos que atacavam a colônia britânica usavam as roupas de mergulho mais avançadas da época. Esta roupa foi descoberta em maio de 1943 depois de um ataque a um navio mercante."


Alemães, espanhóis e italianos fizeram com os britânicos uma guerra secreta de espionagem, sabotagem e contrabando. Depois de descobrir a operação em Gibraltar em 1943, a Grã-Bretanha apreendeu este torpedo humano. Dois homens compunham o torpedo, que tinha o objetivo de atingir navios mercantes.


Já pro final da guerra Gibraltar recebe Eisenhower que dela comanda a operação Torch de invasão do Norte da África.

Para chegar a Gibraltar, a cidade espanhola que faz fronteira, é la linea de la concepcion, contudo a maior cidade é Algeciras, de onde saem os ferrys para o Marrocos.

Trens diários ligam Algeciras de Cadiz, Sevilha e Córdoba.

Algumas cidades possuem trens diretos para la linea, e da rodoviária vc vai literalmente ver a pedra, basta caminhar !

Lembre-se que do outro lado é Inglaterra e tudo é em pounds, ou seja, 5 pra 1 !

A cidade é um museu militar a céu aberto, com inúmeros locais interessantes, valendo a pena subir a pedra, vc pode ir com um guia de carro, ou de bondinho, feito o tour que inclui uma bela caverna, vcs não podem perder os macacos que tbem são uma atração a parte na peninsula !

Esse aí quis roubar minha toca ! $@#$##$!!



Tem vários pubs típicos, e a arquitetura lembra um pouco o caribe, vale a visita, é muita história por m2 !!

Lendas da IIWW - A FEB e o tanque Sherman !!

essa eu não poderia deixar de publicar, a um bom tempo atraz, ví isso numa revista playboy e creio que tenha tudo a ver com o tema do blog ...

"A Tropa americana que dividiu acampamento com a FEB (Força Expedicionária Brasileira) em 1944, nem imaginava o pelotão casca-grossa que estava a seu lado.

O pelotão da FEB chega a uma clareira no Vale Garfagnana, no Norte da Itália.
O acampamento fica próximo a outro pelotão aliado, formado por uma divisão americana e alguns poucos soldados ingleses. As barracas brasileiras estão a cerca de 200m do acampamento aliado, mas há liberdade total de ir e vir entre os soldados, que tentam se enturmar.
Os brasileiros percebem que coisas estão sumindo da dispensa da tropa. Caixas com latas de comida, rapadura, cachaça, cobertores e até munição desaparecem.
Os responsáveis pela cozinha pedem para falar com o comandante e reclamam. Soldados americanos foram vistos rondando as barracas. O coronel brasileiro foi falar com os oficiais americanos e recebe como resposta risadas "Isto aqui é uma guerra, não um colégio.
Os homens estão tensos, precisam extravasar seus instintos.
Vocês que saibam proteger seu material e pronto" e a reunião é encerrada. Contrariado, o comandante brasileiro retorna e relata o encontro a seus soldados.
Ao terminar, fica um pouco em silêncio, enquanto os homens resmungam e cochicham. "Essas são as regras. Quer dizer, não há regras aqui.
Façam então o que devem fazer", conclui o comandante.
Dias depois, o oficial americano visita os brasileiros e, humilde, pede: "Quanto aos alimentos, às roupas e às munições, tudo bem.
Mas, por favor, devolvam nosso TANQUE!"

O coronel brasileiro, que soube do roubo do veículo na noite anterior, viu que o americano finalmente descobrira com quem estava se metendo, e continuamos nossa trajetória na Itália.

Vale ressaltar que na primeira matéria deste blog, indico o monumento no antigo cemitério brasileiro em Pistóia, que vale a visita, no qual foram enterrados os mais de 700 brasileiros mortos em batalha nos campos da Itália, dentre os mais de 20 mil brasileiros enviados para o front Europeu, assinalo que fora os países envolvidos no conflito, nossos esforços foram os maiores dentre "todas as nações do terceiro mundo" durante a IIWW.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Operation Market Garden

Novembro passagem marcada para Amsterdam, da onde pretendo chegar a Arnheim, a ponte longe demais na qual os britanicos da 1ª divisao aerotransportada (SAS), lutaram mais do que poderia se imaginar como possivel, mas não teve como atravessar o Reno e acabar com a guerra, before Christimas !

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Berlin, cenas do pós-guerra.


Capital Federal desde seus tempos imperiais, Berlim sofreu as mais duras consequências da WWII, e por isso tem um ar diferente, que não consigo traduzir, só conferindo mesmo.

A cidade encanta qualquer tipo de viajante, aflora tradição e história, sendo hoje uma das cidades com a melhor qualidade de vida do mundo.
Dispondo da melhor infra-estrutura de transportes que eu já ví em uma cidade grande, as atrações podem ser alcançadas na pernada, mas como a cidade foi totalmente reconstruída, os sites preservados são escassos, e até mesmo o muro vc tem que procurar.

Berlim difere, por ter sido em um passado nem tão distante assim, o retrato do pós-guerra, sendo este o tema, o Zeitgeist como eles dizem, da nossa visita.

Fiquei hospedado em um hostel, as margens de um afluente do Rio Spree, que corta Berlim, e que foi palco de cenas antológicas da época do muro, travessias insanas e muitas mortes.

Cai pra dentro da trilha no caminho que sai da ponte Fennbrücke, e pelas margens com uma boa caminhada vc vai encontrar vestigios reais, do que sobrou dos muros e algumas das casamatas do lado oriental, e vai ver que nem o cemitério da IWW, foi poupado.

O Cemitério que fica na rua Scharnhorststraß, concentra boa parte destas peças que compunham o muro, e vc poderá ver que na verdade eram dois muros de concreto, com mais de 3m de altura, e várias linhas de arame farpado, antes do rio.

Esta é a única dica que eu posso te dar realmente diferente de Berlim, desci pelas margens deste rio que sai no rio Spree, atravessando pelas inúmeras Brückes (pontes) que cruzam o rio, caminhando pelas laterais, muitas vezes pela terra, sendo que na época (2004), estavam sendo construídas ciclovias.

Visite o museu a céu aberto, Topografie des Terrors localizado aonde ficava o escritório central da Gestapo, Niederkirchnerstrasse 8, (procure um pedaço do muro), funciona no que eram os porões mais exatamente, e conta a trajetória do partido NSAP, e principalmente a repressão contra o próprio povo alemão e a perseguição dos judeus.
Em sua parada obrigatória no Reichstag, faça o tour da cúpula de vidro, com a história do prédio, e aproveite para matar um Bratwurst (dogue deles) com cerveja no Parque dos pelados (Tiergarten), neste parque encontra-se o "monumento ao soldado russo", pode acreditar tem dois T34, e umas peças de artilharia e tudo mais, bem legal, fica do lado que era oriental, e foi preservado na união.
De lá vc pode ir seguindo as marcações no piso que sinalizam o traçado do muro (foto abaixo), partindo da própria Potsdamer Platz, qualquer livreto de turismo vai indicar todas as questões ligadas ao muro, e muitas histórias de túneis e espionagem, prédios construidos para enganar o ocidente etc ...


Outro local interessante é o Checkpoint Charlie, Friedrichstraße 43-45, (foto abaixo) antigo posto de checagem, chapado de museus no entorno, muitos deles só com bugigangas, cuidado, e pra quem curte, uma loja enorme a duas quadras, que vende artigos militares originais.




A igreja Kaiser-Wilhelm-Gedächtniskirche, é um marco da cidade e um dos simbolos do desejo de Berlim se reconstruir, localizada perto do Europa Center, na Breitscheidplatz, coração da Berlim Ocidental.


A ultima dica é para se orientar em Berlim, basta entender que a espinha dorsal da cidade vai da Potsdamer Platz (Reichstag) a AlexanderPlatz (Fernesehturm) e a via que liga as praças é a Unter den Linden.

Bom, o resto vc encontra em guias de mochileiros "normais" na internet !

Renato.